27 de dez. de 2010

Biometria Digital – Reconhecimento Facial em Grandes Aglomerações e em Tempo quase Real


Fonte da imagem: http://www.tgdaily.com/files/images/stories/article_images/research/face_recog_425.jpg

por George Felipe de Lima Dantas
em 27 de dezembro de 2010

Biometria Digital – Reconhecimento Facial em Grandes Aglomerações e em Tempo quase Real

No último trimestre de 2010 surgiu uma importante novidade na área da biometria digital. Trata-se de uma nova tecnologia que possibilita o reconhecimento facial em grandes aglomerações (por exemplo, entre membros de uma torcida de um time de futebol em um estádio...), em pouquíssimo tempo e em condições ambientais adversas, como quando o “alvo” está em movimento, em grande angulação com a câmera sensora e sob pouca ou nenhuma luz. O mecanismo básico, como de resto em outros sistemas, envolve (i) a captura e análise da imagem, depois disso (ii) a comparação da imagem capturada com imagens constantes de uma base de dados e, finalmente (iii) a emissão de um alerta, sempre que uma combinação positiva for determinada.

O que existe de mais marcante nessa nova tecnologia é a utilização de luz próxima da emissão infravermelha pela câmera sensora. Assim como ela pode ser utilizada no reconhecimento de alguém indesejável, também pode servir para proceder a autenticação da identidade de indivíduos com acesso autorizado a um determinado local. Mas, definitivamente, o que ela traz de grande novidade é a superação da clássica questão da luminosidade do “alvo”. A luz em que um sistema do gênero opera não é a “luz visual”, mas sim próxima da infravermelha. Ou seja, um sensor com essa tecnologia pode reconhecer e identificar pessoas sob qualquer tipo de iluminação ambiental, e até mesmo na ausência de luz.

A emissão de infravermelho pela câmera sensora é invisível ao olho humano. A reflexão correspondente permite “escanear” a imagem do alvo considerado e proceder uma comparação de reconhecimento ou identificação. O sistema pode funcionar de maneira semi-autônoma, ou seja, sem monitoramento humano constante. Ele é concebido essencialmente como um sistema de vigilância e alerta, e não de constituição de prova da presença de alguém em um determinado tempo e lugar.

As autoridades brasileiras precisam ficar atentas a esse tipo de avanço tecnológico na área de vigilância, reconhecimento e identificação facial. A questão tecnológica que permite os avanços citados promete saltos ainda maiores, desde agora até a ocasião dos grandes eventos internacionais a serem realizados no Brasil em 2014 (Copa do Mundo de Futebol) e em 2016 (Jogos Olímpicos). É de supor que outras tecnologias, ainda mais flexíveis, surjam nos próximos anos.

Um comentário:

Blogandosegurança disse...

Convido os gestores, técnicos e operadores da segurança pública, de modo geral, a postarem seus comentários para socializar conhecimentos derivados desse importante aspecto da segurança pública que é a biometria digital em sua aplicação na identificação humana. Estou seguro de que a segurança pública do país está ativa nessa importante questão. Socialize seu conhecimento!