por George Felipe de Lima Dantas
em 18 de janeiro de 2010
O Secretário-Geral da Organização das Nações Unidas, Ban Ki-moon, recomendou hoje ao Conselho de Segurança da organização adicionar 1,5 mil policiais à Missão de Estabilização da ONU no Haiti -- MINUSTAH (sigla em francês), com o fito de fazer face às consequencias do terremoto que devastou o país na semana passada.
O Brasil já tem policiais no Haiti desde o estabelecimento da MINUSTAH em 2004. Alguns deles inclusive já retornaram de suas respectivas missões, estando sazonados e prontos para serem eventualmente reenviados ao país, já que possuem capacidade de emprego operacional pleno e imediato, sem a necessidade de adaptação à missão e condições locais. Um desses "veteranos", o 1º Tenente Cleiton Batista Neiva, apresentou tal nível de proficiência que foi contratado pela ONU após o término de sua missão institucional pela PMDF (2004-2006), honrando com tal distinção sua corporação, o Distrito Federal e o Brasil.
Se o Brasil pretende exercer uma posição de liderança no contexto internacional das Américas, talvez já seja tempo de assumir responsabilidades, como no Haiti, da maneira mais profissional possível, para o que não lhe faltam recursos humanos, como no caso de veteranos policiais potencialmente designáveis para retorno para a MINUSTAH. É essa, por exemplo, a posição canadense ("potência intermediária com responsabilidades internacionais"), com suas forças de paz tendo sido agraciadas com o Prêmio Nobel da Paz de 1988.
2 comentários:
Obrigado pela referência a esse valioso e incansável profissional, coronel!
Assim como me marcou a canção de sua autoria, a qual embalara nossa formação, ficará marcado a fibra e coração desse guerreiro, que aproveitando sua obra dizia sempre o seguinte: " Estou aí só porfiando a brava missão!"
obrigado novamente!
Ten Fábio Borges - amigo de Cleiton
Caro "irmão mais moço" Fábio:
É muito bom também "agradecer a quem nos agradece". Isso é ainda mais verdadeiro no caso da referência ao Cleiton, um outro irmão, também mais moço, mas que designios impenetráveis fizeram que partisse do nosso convívio material fora da ordem natural ou da cronologia das coisas, para nossa perplexidade e luto da dupla família dele e que nos inclui enquanto PMDF...
É muito tocante ler de você que a nossa "Canção da Academia" (desde 1989 ela deixou de ser minha -- é dos corações e mentes de 20 gerações de alunos da APMB e do CFO...) embalou a formação de tantos homens e mulheres "porfiando brava missão", certamente seu caso e do nosso querido Cleiton.
Obrigado também por suas palavras fraternas e confortantes.
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