19 de jan. de 2010

MINUSTAH



por George Felipe de Lima Dantas
em 19 de janeiro de 2010


MINUSTAH é a sigla em francês para
Mission des Nations Unies pour la stabilisation en Haïti e que corresponde em português a "Missão das Nações para a Estabilização no Haiti" ou, em inglês, The United Nations Stabilization Mission in Haiti. E A MINUSTAH foi estabelecida em 2004. Ela está descrita em maiores detalhes neste mesmo BLOG, na postagem "ONU, Hispaniola e Haiti: algumas considerações sobre a participação brasileira na MINUSTAH -- Uma Missão de Segurança Pública?

O que a MINUSTAH tem de incomum, para o Brasil, é o fato dela possuir um componente militar majoritariamente constituído e comandado pelo Exército Brasileiro. Dos 9.055 militares e 1.881 policiais (em um total de 9.0555), mais de um milhar deles são do Brasil. A missão também é composta por servidores civis internacionais dos quadros da Organização das Nações Unidas (ONU), contratados locais e voluntários recrutados pela própria ONU.

Conforme pode ser depreendido da visão histórica contida na postagem "ONU, Hispaniola e Haiti: algumas considerações sobre a participação brasileira na MINUSTAH -- Uma Missão de Segurança Pública?", a situação do Haiti é bastante complexa e difícil no que tange aspectos políticos, econômicos e sociais. O Haiti é o país mais pobre das américas.

No dia 12 de janeiro de 2010, por volta das 16:53 (hora local, 19:53 hora de Brasília), ocorreu um abalo sísmico com epicentro localizado 15 quilômetros distante da capital do Haiti, Port-au-Prince. A cidade foi devastada, com prédios ruindo e soterrando milhares de pessoas nos escombros. O quartel-general da Minustah, localizado no antigo hotel Christopher, foi uma das edificações que ruiram.

As vítimas fatais do país são contadas aos milhares. Também pereceram vários membros da missão, entre eles seu chefe, bem como o segundo na linha hierárquica, respectivamente, Hédi Annabi (tunisiano) e Luiz Carlos da Costa (brasileiro). Faleceram, vítimas do desastre, militares brasileiros e de várias outras nacionalidades, com a contagem dos mortos seguindo aumentando na medida em que as equipes de resgate ainda continuam trabalhando arduamente nos escombros, neste momento, uma semana depois.

Um dos maiores problemas enfrentados nos esforços internacionais de salvamento e assistência aos sobreviventes do terremoto no Haiti é a ausência de infra-estrutura capaz de suportar tais esforços. Parece que as mesmas razões históricas que levaram o Haiti a estar na situação que levou ao estabelecimento da MINUSTAH subsistem como impedimento a um atendimento rápido e efetivo como demanda um desastre de tamanha proporção.




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