30 de jan. de 2010

Blindagem Corporal ou “à prova de bala”




Fonte da imagem da capa do relatório: http://www.ojp.gov/nij/pubs-sum/223054.htm






Fonte da imagem da placa: http://www.bodyarmorchina.com/Body-Armor-Plate/Body-Armor-Plate-B7803/Body-Armor-Plate-B7803.jpg
por George Felipe de Lima Dantas

em 30 de janeiro de 2010


Não parece que a comunidade de segurança pública e privada do Brasil possua ainda uma organização técnica que credencie os equipamentos de aplicação na área. Alguns países do mundo possuem tais organizações, inclusive hierarquizando a qualidade e apontando as especificações técnicas de produtos utilizados pelos agentes da segurança pública e privada. Isso faz com que os processos de aquisição desses equipamentos possam ser mais bem orientados por critérios técnicos preestabelecidos e em constante revisão e aprimoramento. O Instituto Nacional de Justiça [National Institute of Justice (NIJ)] do Departamento de Justiça do governo federal dos Estados Unidos da América (EUA) faz tal papel ou senão o fomenta através de vínculos com a comunidade acadêmica e empresarial.


De acordo com a fonte cujo URL vai citado acima, o NIJ estima que já foram salvas mais de três mil vidas de policiais desde meados da década de 1970, período em que o Instituto Nacional de Justiça começou a testar e desenvolver padrões de desempenho de equipamentos de blindagem corporal ou “à prova de bala” (tanto em relação a disparos quanto perfurações por “arma branca”). Tais padrões, ainda que pouco difundidos no Brasil, são cada vez mais reconhecidos e aceitos mundialmente, nos termos do NIJ, se constituído hoje em um “benchmark” de desempenho de equipamentos de blindagem corporal “balístico-resistentes”.



Infelizmente, de acordo com a mesma fonte, não existe realmente o que é usualmente chamada de “proteção ou blindagem corporal à prova de bala”. Ainda segundo a fonte NIJ, tal proteção pode ser admitida como efetiva contra um número significativo de tipos de munição, mas os agentes da segurança pública devem ter em mente que a blindagem corporal é caracterizada e hierarquizada em sua efetividade para diferentes níveis de ameaça ou risco. Nesse sentido, os profissionais de segurança empregados em situações específicas de risco, caso da repressão de seqüestros ou operações especiais, precisam de proteção adicional em termos de blindagem corporal, já que usualmente estão expostos a ameaças ou riscos de serem alvejados por armas capazes de neutralizar a proteção de blindagem corporal comum.



Um relatório de pré-requisitos mínimos de desempenho de equipamentos de blindagem corporal foi desenvolvido pelo NIJ: “Resistência Balística de Blindagem Corporal de Pessoal” – Ballistic Resistance of Personal Body Armor. Ele descreve os pré-requisitos mínimos de desempenho e métodos de testagem da resistência balística de equipamentos de blindagem corporal pessoal, apontando categorias de equipamentos disponíveis e descrevendo os níveis de ameaça ou risco.
O título do relatório é Ballistic Resistance of Body Armor NIJ Standard - 0101.06 e está disponível no URL http://www.ncjrs.gov/pdffiles1/nij/223054.pdf ( 89 páginas e em lingua inglesa).

Nenhum comentário: